Filosofia
Livro explora a crítica de Heidegger
A crítica parte daquilo que baseia a obra do primeiro: a recolocação da problemática do ser e a experiência no mundo ante o ego e a razão
Martin Heidegger é considerado um dos maiores filósofos do século 20. Não era, porém, um amigo da psicanálise freudiana. A crítica parte daquilo que baseia a obra do primeiro: a recolocação da problemática do ser e a experiência no mundo ante o ego e a razão. Essa desconstrução é o tema do livro Heidegger e o pensamento psicanalítico contemporâneo, que o autor, o psicanalista Roberto Graña, lança no sábado às 9h na Sociedade Científica Sigmund Freud.
Heidegger via o Pai da Psicanálise como um discípulo do filósofo francês René Descartes, a quem Heidegger criticava por “cientificizar” o pensamento filosófico, algo que, acreditava, não poderia funcionar a partir de uma lógica, em uma noção de casualidade mais próxima das Ciências Naturais do que exatamente da psicanálise, que lida com o ser. “Ele acreditava que Freud era um cartesiano que traduzia o subconsciente, interpretava atos falhos. Através de noções de representação, compreensão e interpretação. Dessa forma no máximo se pode pensar o ego, mas não o ser”, explica Graña.
Para o psicanalista, a crítica heideggeriana deu resultado e o filósofo alemão acabou por influenciar profundamente o pensamento psicanalítico contemporâneo, principalmente a sua prática clínica. “Através dele a psicanálise foge do modelo detetivesco, arqueológico, metapsicológico, das energias. Segundo a sua perspectiva há uma ênfase no acontecimento. Muito mais do que dizer que isso significa aquilo”, analisa.
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